terça-feira, 26 de abril de 2016

Dadivosa pobreza


Dadivosa pobreza

Quando o Sol de Assis a ti consorciou-se
Tomando-te por companheira mais íntima
Desfraldou imaculada bandeira de liberdade

Seu canto, então passional, transmutou-se
Em rasgos de ardente fé e simplicidade
Glorificando as maravilhas da imortalidade

Ó, pobreza, irmã mais singela e poderosa!
Tu, que ainda não resides em mim
És a porta da serenidade que almejo

Conheço-te em momentos fugidios
Quando calo meus quereres inúteis
E mergulho no silêncio da humildade

Sê comigo! Nas aflições és o remédio
A fortaleza mais segura, a âncora divina
O refúgio e o escudo no meio das ilusões

De ti brotam potências ignoradas à mente
Como mãe magnânima, doa-te incessante
Aos seres que a ti se unem confiantes

Raio de sol que dissipa as brumas do ego
Espada flamejante que destroça a sombra
Mediadora do encontro com o grande Ser!

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